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Ramiro, 10 kg depois

comida

9 Nov
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A comida italiana está um pouco por toda a parte. Seja em que país for, lá encontraremos a pizza ou a famosa pasta. É um fenómeno. A qualidade é inegável. Talvez seja por isso que faça tanto sucesso. É fácil gostar de comida italiana.

No entanto, não posso negar, que o meu coração rebenta só de pensar em comida portuguesa. Não é só a comida portuguesa…é a forma como os portugueses cozinham. Como conjugamos os ingredientes, misturamos sabores, criamos outros tantos. São os ingredientes certos. A dose certa…bem, a dose eu já não sei é a certa. Temos no sangue a partilha. E quanto mais houver, melhor.

A forma como amassamos o pão, como nos deliciamos com a manteiga a derreter quando o pão vem quentinho até às nossas mãos. É o nosso queijo da serra. Aquele cheiro insuportável que nos faz crescer água na boa. As nossas batatas, os pregos no pão e no prato, são os nossos legumes, as sopas pesadas. É a nossa canja de galinha. As nossas carnes, sejam cozidas, grelhadas, estufadas, entaladas… É o nosso marisco que sabe a mergulhos no Algarve, ao sal de Aveiro e à frescura de Viana.

Em Portugal come-se bem. Muito bem. Derreto-me só de pensar no nosso azeite. A fruta é saborosa, os legumes são macios e espalham sabor sem estragar o resultado final. Há qualquer coisa na nossa gastronomia que a torna das melhores do mundo. Não tenho qualquer dúvida.

©2018 Cervejaria Ramiro (website)

Mais olhos do que barriga

Como emigrante orgulhosa, são muitas as vezes que digo “epah, tenho tantas saudades de uns percebes” ou “comia agora um caldo verde”. E as nossas natas dos céu? E os pastéis de nata?

Posto isto, semanas antes – quem sabe meses, não me julguem – da minha visita à família faço uma lista mental de tudo o que quero provar. Se for na altura da páscoa o folar não pode faltar, mas a bola de carne transmontana também não. No Natal, bem já se sabe. É o maior dos pecados. Gula. Gula. Gula. Sinto até que o meu nome muda de Filipa para Gula. Gula Araújo.

Atenta às novidades gastronómicas de Portugal, vou vendo quais os restaurantes que estão a fazer sucesso nas cidades por onde vou estar. Lisboa, Porto e Aveiro encabeçam a lista. Desta vez, serão os hambúrgueres? Ou o sushi? As tapas também fazem sucesso.

 

©2018 Cervejaria Ramiro (website)

Bom filho, a casa…

No entanto, embora adore provar novos sítios, novos paladares e diferentes chefes, não nego que são as “casas” de sempre que me enchem as medidas. A primeira paragem, sem segundos pensamentos ou dúvidas, é, claro está, a Cervejaria Ramiro, o número 1 da Almirante Reis.

O Ramiro é tudo o que um bom apreciador de comida quer. Tem o melhor marisco que já comi na vida. Sejam percebes, camarões, a famosa gamba tigre, o lavagante. E nem sequer vamos falar do carabineiro, com aquele molho fa-bu-lo-so.

No meio disto tudo está o pão carregado de manteiga, pronto para ser mergulhado em qualquer molho que esteja à sua frente e devorado por nós. É só mais uma dose de pão, por favor. No fim disto tudo, e porque o dia vai longo, é pedir um prego no pão e agora sim, podemos dizer que chegámos a casa.

Não há nenhum outro restaurante que sirva como serve o Ramiro. Se houver, por favor, convidem-me. A sala de baixo é barulhenta, bem ao jeito de uma casa de família em dia de festa. Lá em cima, as salas já nos parecem mais os almoços de domingo em casa dos avós. Meio sério, meio descontraído.

No Ramiro há espaço para tudo e para todos. Desde os funcionários com 20 anos de casa, como as mais recém aquisições. O Ramiro sabe-me a casa. Sabe-me à família, aos amigos, à cerveja e ao marisco. Sabe-me à costa portuguesa, às minhas férias de verão. Sabe-me a dias felizes. A reencontros e a saudade. Sabe-me a felicidade servida no prato.

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Não sei se o azul combina com o vermelho ou se este ano os corsários estão na moda. Não decoro nomes, mas memorizo caras. Embora depois confunda tudo…

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FAR por Filipa do Canto Araújo
[ Às vezes, às quintas-feiras, uma associação [ Às vezes, às quintas-feiras, uma associação aveirense, cujo o nome a minha memória não me permite lembrar, organizava umas palestras. Os temas eram lançados mensalmente, nunca sabíamos o que esperar, mas uma coisa era certa, eram sempre sobre desenvolvimento humano, sobre saúde emocional, mental, sobre aceitação, empatia e outras coisas que nos permitem desenvolver como seres humanos, vizinhos, familiares e amigos. 

Não ia sempre, mas em quase todas as que fui aprendi sempre coisas novas. Numa dessas visitas, o tema era a homossexualidade e a sua aceitação num plano social. Nunca foi uma questão para mim, nunca. A sexualidade alheia pouco me interessava, uma vez que acredito num amor pleno e isso transcende géneros. Amor é amor. 

Cresci com casais homossexuais no nosso ciclo de amigos, cresci a saber que amigos muito próximos eram mais felizes com pessoas do mesmo género e nunca achei que isso merecesse o meu questionamento. Estava errada, e aprendi nesse dia, nessa palestra o quão errada estava.

A Sónia, uma miúda de quase 30 anos, pediu a palavra naquele dia. Olhei-a pela primeira vez quando ouvi a voz dela perguntar “posso fazer uma pergunta?” ao palestrante. Tinha um casaco azul escuro e lembro-me de pensar que a sala estava demasiado fria, era preciso gostar de estar ali para aguentarmos aquele frio. Olhei-a com mais atenção. Estava de pernas cruzadas e com o corpo inclinado para uma mulher da mesma idade. Pousava-lhe a sua mão esquerda sobre a mão direita. E quando começou a falar as duas mãos apertaram-se em força. Arrepiei-me. 

Continua 👇👉
[ Não conseguiria conceber a vida se não fosse [ Não conseguiria conceber a vida se não fosse permitido ao ser humano evoluir. A teoria de que “ninguém muda” é difícil de acreditar. Que sentido faria vivermos se não nos transformássemos a cada momento? O que seria das experiências adquiridas, dos conhecimentos retidos, das lições duras de aprender e das provas de amor? Que valor teriam? Nenhum? ✨
Somos capazes de mudar, de aprender e, principalmente, de nos transformar. Temos esse dom. É a evolução e a transformação de cada um de nós que nos permite ir mais além, conquistar, batalhar ou simplesmente decidir quando é tempo de parar. Poder decidir quem queremos ser é um privilégio. É a esperança que nunca morre. Porque a qualquer hora, a qualquer momento podemos fechar os olhos e dizer “eu quero ser mais”. ✨
É nessa vontade interior, nesse acreditar, que somos capazes de mudar o mundo. ✨ ]
[ OBRIGADA 💙💛 ] [ OBRIGADA 💙💛 ]
[ Simples assim. Gosta de ti. Gosta de ti como de [ Simples assim. Gosta de ti. Gosta de ti como de quem amas. Trata de ti como tratas quem mais amas. Gosta de ti. Muito. Melhora-te a ti. Cuida de ti. Cuida-te bem, com carinho, com amor, com toda a atenção que mereces. Mereces esse tempo de pausa. Mereces evoluir. Mereces sempre mais. Escolhe-te a ti. Faz por ti. E tudo o resto será ♥️ ]

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